Todas quê?

O amor é extraordinário. O meu é. Mas o amor – o meu – passa o tempo a casar o amor dos outros. 

Desde que o João – o meu – decidiu ser o makes photos, não há dia em que não se fale de casamento nesta casa, mas não há dia nenhum em que se fale do meu. Há sempre duas frases certas nesta nossa nova vida: "Recebi mais um pedido" e  "Todas casam menos eu".

Como eu não dispenso uma história de amor, o João provoca-me. Puxa-me para todos os amores que lhe passam pela lente. Diz-me os nomes, as idades, as profissões. Depois já sou eu que pergunto: pelos detalhes da festa, pelo vestido da noiva, pelas alianças, pela data da sessão de noivado.  Fico presa até ao embrulho do fim da festa, e, depois disso, à espera dos bebés.

E como quanto mais amor entra, mais o meu amor sai, eu saio com ele. Pelo caminho, os noivos partilham comigo (que sirvo essencialmente para distraí-los da pressão da objectiva) conselhos e ideias. Só que como – já adivinham – #todascasammenoseu , não dou nenhum uso ao que aprendo com as festas do amor dos outros. Isso acaba aqui. E começa com o dia em que o João foi fotografar uma despedida de solteira na Comporta. Eram muitas, bonitas, e tinham roupa curta. Pedi vinho enquanto a Blaya as fez dançar. Bem-vindos.

joaomakesphotosnacomporta

Joana.